EQM Meg A
|
Descrição da Experiência:
Descreva a Experiência:
Cumprimentos!
Esta EQM diabólica é impressionante e fora do vulgar. Perturba sob diversos pontos de vista. A Senhora que nos enviou a sua narrativa autorizada, não nos forneceu informações de contacto pessoal, pelo que não nos será possível dar-lhe a conhecer esses comentários antes da respetiva publicação. Se nos contactar com comentários a respeito do que vamos publicar, é evidente que os publicaremos, se tiverem interesse.
As EQM assustadoras representam 15% de todas aquelas que recebemos. As que são muitíssimo assustadoras também incluem aspetos agradáveis, que por vezes constituem a maioria da EQM. O género mais frequente das EQM assustadoras de que temos conhecimento ocorre no vácuo, durante as quais o protagonista se sente no vazio, completamente só, o que é tido como assustador. A maioria dessas EQM no vácuo são agradáveis, sentindo-se as pessoas seguras, amadas ou de outra forma envolvidas por sentimentos positivos associados ao vazio. Apenas uma minoria das EQM que temos encontrado são “diabólicas”, o que realmente acontece com esta.
A grande maioria das EQM infernais inclui figuras de aspeto assustador junto do protagonista, sendo embora muito raro que este seja vítima de maus tratos como parte da experiência. Não é habitual nas EQM que temos recebido a presença de uma pessoa que tenha morrido ao mesmo tempo que o protagonista. Nesta experiência isso acontece, está na mesma experiência que o autor e é visto a ser atormentado. Trata-se da primeira EQM de que ouvimos falar cuja descrição inclui tal aspeto.
Os leitores que habitualmente nos seguem, irão reconhecer imediatamente nos horrores desta EQM, diferenças bastante acentuadas relativamente à grande maioria de outros casos.
O nosso critério no NDERF é descrever este tipo de experiências, mesmo que elas não sejam iguais ou semelhantes às que são mais populares ou de acordo com ideias feitas.
Será que é possível compatibilizar este tipo de casos com as centenas de casos mais comuns aqui publicados? Penso que sim.
A pesquisa que se faz a respeito dos casos assustadores, demonstra que as pessoas que se sentem zangadas, culpadas ou convencidas que vão para o inferno depois de mortos, têm mais probabilidades de passarem por esse género de experiências. Tanto a protagonista do caso descrito como o seu amigo que conduzia o automóvel estavam a discutir e tinham cometido o erro de se deslocarem de automóvel, antes do acidente acontecer.
Haveria fortes razões de raiva neles ambos, bem como sentimentos de culpa. Na maioria das EQM assustadoras, invocar o nome de “Deus” ou de “Jesus”, é a forma mais rápida de escapar ao ambiente assustador. Isso não aconteceu neste caso, embora se note que quando ela decidiu desistir, deixou o ambiente demoníaco e regressou ao túnel. Uma lição vital para ela pode situar-se na diferença entre as atitudes de “desistir” ou “deixar andar”.
Uma das condições habituais nas EQM encontra-se no facto de haver liberdade de escolha. Muitos dos protagonistas que passam por ambientes demoníacos acreditam que quem lá vai, fá-lo de sua livre vontade e que os que ali se encontram, podem sair a qualquer instante. Penso que o amigo da autora, devido ao seu temperamento e à vontade de fazer tudo o que lhe apetecia (veja-se a maneira como se pôs a dar curvas para assustar as pessoas e obrigá-las a calarem-se com medo) era o tipo de pessoa a quem o ambiente infernal devia corresponder naturalmente.
A autora, por estar a atravessar um túnel e ter decidido inverter a marcha, parece-me indicar que era importante para ela, ao nível da opção feita, ver e partilhar as consequências da escolha que tinha feito o seu amigo.
Além disso, descreveu o túnel como se fosse uma mágica “injeção nas veias”, e a sua relação com o piloto do automóvel, parte de um plano de vida só seu, com o qual necessitasse confrontar-se. Um Amoroso ser Divino poderia ter sido coautor dos episódios de tal EQM se isso fosse (apenas e somente…) a forma de ela alcançar as magníficas mudanças na sua vida, que a sua narrativa nos sugere que conseguiu realizar. A menos que nos enganemos quanto ao autor desta EQM, sugiro que é possível que o Divino possa criar EQMs assustadoras especialmente destinadas aos mais corajosos de todos os terráqueos, cuja coragem os leve a conceber uma experiência de tal modo assustadora que terá certamente a virtude de ajudá-los a progredir com êxito no decurso da sua vida terrena.
A autora tornou-se cristã depois da experiência.
Aquilo que dizem as investigações a respeito de EQMs é que o facto dos seus protagonistas serem ou não religiosos na altura da experiência não determina que elas sejam assustadoras. Entre os protagonistas que nos contaram as suas experiências, há a ligeira tendência, estatisticamente significativa, de alcançarem uma crença religiosa mais liberal depois do acontecimento.
Se houver leitores com perceções concretas a respeito do fenómeno que relatámos, façam o favor de comentar no Quadro dos Boletins do NDREF.
Todos podemos aprender com esta EQM. Ficamos muito agradecidos à autora que quis partilhar connosco a sua experiência. De resto, tornou-se cristã depois da mesma.
Com toda a franqueza do Dr. Jeff Long
Descrição da Experiência:
Prefiro guardar o anonimato devido a tudo o que sofri às mãos daqueles não acreditam em mim. Foi há cerca de dois anos, mas sinto como se tivesse sido ontem. Começou quando entrei no carro do pai do meu amigo Gareth que, desde logo, me parecia não ter direito de usá-lo. Não sei como lhe teria deitado a mão. Lembro-me de que na noite anterior tinha andado a beber e eu sabia que não tinha ordem de usar o carro. Acontecia que estava necessitada de uma boleia para casa, porque já era tarde. Discutimos durante todo o caminho a respeito de qualquer coisa. Num momento de raiva, pisou a fundo no acelerador, e com meia volta, tentou inverter a marcha. Pensando nisso, julgo que era a forma que tinha de assustar as pessoas, fazendo-as calar-se com medo. Era tão maluco como isso e, num ápice… senti-me a ser levada numa maca para dentro de uma sala grande!... Sentia o peito como se tivesse sido amassado entre peças de metal ou coisa do género.
O que se passou a seguir foi impressionante. Do que me lembro, segundos depois, é de flutuar – fora do meu corpo – através de um túnel esquisito de luz, como se tivesse sido drogada, não sabendo para onde ia nem para onde estava a ser arrastada. Não podia voltar nem estar quieta, tudo ia de forma aparentemente normal. Por um breve instante, julguei que ia a caminho do céu, mas, subitamente, tudo mudou. Parei como morta e, como num relâmpago, comecei a cair no túnel, cada vez mais e mais depressa.
Senti-me largada a pique, de cabeça, na direção duma espécie de buraco escuro. Era tão escuro que dava a ideia que podia ser cortado à faca. Sempre em queda comecei a ouvir gritos, brados agonizantes de dor e gargalhadas horríveis, tudo envolvido pelo cheiro mais pútrido que podeis imaginar. Entretanto o negrume tornou-se em chamas, comigo a cair na direção de uma imensa fornalha. Comecei a ser logo devorada pelas chamas e a gritar de dor. Caindo de costas sobre pedras senti dores por todo o corpo, ou outra coisa qualquer que estava em seu lugar.
Olhando à minha volta, vi que não estava só. Criaturas ou coisas disformes do mesmo género começaram a deitar-me a mão, um a um agarraram-me, arrastando-me na direção de enormes portões negros. Dando pontapés e gritos com toda a força possível, clamei por Alá, ou Buda, ou Deus – quem quer de que pude lembrar-me das lições de religião que me ajudasse, mas ninguém veio. Lembro-me de uma criatura agigantada que começou a arrancar-me a pele das costas com uma espécie de unhas aguçadas, outra começou a arrancar-me os cabelos com tanta força que fui obrigada a vomitar…
Outra atirou-me ao chão aos pontapés e subiu-me para cima do peito, afligindo-me com coisas que sabia de mim, gritando com gargalhadas. Coisas como a morte da minha mãe quando eu nasci, a minha irmã na cadeia e o meu amigo Gareth guiando o carro em que morri. Da mesma forma recordo o cheiro insuportável, como se fosse carne podre e cabelo queimado. As gargalhadas que davam à minha volta e todos os insultos eram praticamente abafados por todas as chamas envolventes.
A certa altura vi, a fugir aos gritos, um grupo de jovens com pelo menos doze anos, aterrorizados e perseguidos pelas criaturas maldosas que ali havia.
De repente lembro-me de ter visto Gareth (o condutor do carro em que fui levada…). Estava pendurado de cabeça para baixo, com pregos espetados nas mãos e nos pés como Jesus crucificado (lembro-me de ter lido acerca disso, numa aula, há semanas atrás…). Os maldosos começaram todos a chicoteá-lo, cantando uma cantiga numa língua incompreensível. O fogo, entretanto, já tinha consumido o pau no qual estava crucificado e a sua carne do peito e das mãos já começava a ficar queimada e derretida. Olhei para a cara dele e estava ATERRORIZADO !!!... Começou a gritar incontrolavelmente suplicando que acabassem com aquilo.
A minha pele ou a minha alma, como queiram chamar-lhe, começou subitamente a arder muito gravemente por efeito do fogo que se espalhava por todo o lado. De repente comecei a gritar de novo aos brados, “Meu Deus, socorre-me por favor!...” Mas reparei logo que quanto mais eu gritava, mais vinham ferir-me, mais zangados ficavam, mais excitados e frustrados se sentiam. “Deus, por favor!...” implorei eu finalmente, alguns segundos antes de desistir de vez. Subitamente, porém, uma poderosa sucção livrou-me das mãos que me torturavam e começou a afastar-me dali, regressando pelo túnel. Subitamente acordei, ao som duma voz feminina de uma médica.
Lembro-me de me ter dito que, depois de duas horas de trabalhos de ressuscitação, tinha recuperado, mas Gareth não. Durante as tentativas de o recuperar, o seu coração abandonou o esforço e desistiu de lutar. A hora da morte foi confirmada trinta minutos antes da minha.
Depois de meses de tratamento, tentando descrever tudo aquilo que tinha visto, um amigo que tinha conhecido na faculdade, um Cristão Pentecostal, explicou-me aquilo porque eu tinha passado. Durante quinze dias dizendo-me trechos da Bíblia que descrevem o Inferno, pormenorizando tudo o que tinha visto. Um dia, exatamente ali, no meio do recinto da Universidade, entreguei o meu coração a Jesus.
Até hoje, juro que ainda consigo sentir o cheiro da carne podre e do cabelo queimado. Era costume até ficar com febre de cada vez que pensava no Gareth, e onde poderá estar a esta hora. Julgo que posso imaginar onde esteja, e onde de maneira nenhuma quero que venha a estar o seu irmão mais novo, que ainda tem só 14 anos.
Partilhando o meu testemunho com família e amigos que não acreditam “em nada disso das religiões”, afirmam até hoje, na sua opinião, que aquilo que vi foram um ou dois filmes de terror. Mas não foram filmes, não, aquilo por que passei; Foram coisas bem reais!...
Todos os que lerem esta descrição, por favor, aceitem que seja um aviso para aqueles que não acolheram Jesus nos seus corações. Nas minhas EQM vi aquilo que espera pelos que rejeitam a mensagem de Jesus. Vi o horror mais real que pode ser mostrado num filme ou numa qualquer representação. Desde então, PEÇO A DEUS, ter-me dado esta segunda oportunidade de trabalhar em obediência à sua vontade. Para todos aqueles que não se sentirem dispostos a isso, não esperem até que seja demasiado tarde para descobrir a verdade que eu descobri. Em nome de Jesus, chamem-no já, AGORA, não esperem. Tenho 22 anos, pensei que ainda me faltava muito para que me acontecesse algo semelhante. Estava errada. Deus abençoe aqueles que, tendo lido o que escrevi, acreditam em Deus e no seu Precioso Filho. Assim Seja !!!
Comentário do Padre John Price
Como salientou o Dr Jeff Longe, esta EQM foi muito expressiva e assustadora. A descrição de Gareth feita no depoimento está de acordo com o que vi em comum com as poucas pessoas com quem conversei que tiveram experiências infernais: foi mau, muito mau. Suspeito que a maioria das pessoas que passaram por experiências deste género, não terão querido falar nelas, pela má imagem que dão de si mesmas. Conheço pessoas que não decidiram seguir Jesus, contudo tiveram uma EQM feliz, mas não eram seres mesquinhos e viviam da forma sentimental que Jesus recomenda nos Evangelhos: “ama o próximo como eu te amei”, único mandamento que registou.
A autora anónima desta narrativa pede-nos que aceitemos Jesus e lhe entreguemos o nosso coração e eu diria aos que não têm uma experiência positiva com a religião, que aquilo que Jesus pede é que tenhamos uma vida baseada no amor.
A anónima autora contradiz-se num ponto, quando diz que nunca é tarde. Ela até pediu ajuda a Deus quando estava no “Inferno” e foi ajudada, como outros que também fizeram esse pedido. Desistiu das suas tentativas para dominar a sua situação e, como consequência, foi libertada. Penso que lhe é necessário pedir perdão para Gareth, para que ele próprio peça perdão a Deus.
A prece funciona, mesmo para além da morte de alguém. Para nós, a vontade de Deus é saúde, alegria, paz e amor.
A opinião que ela tinha a respeito do seu amigo era de que ele vivia no oposto de tudo isto. Nunca é tarde demais para fazer preces a seu favor ou a favor de outros que se encontrem a viver tormentos.
Informação Anterior:
Gênero: Feminino
Data em que ocorreu a EQM: em 2002
No momento da sua experiência, houve algum acontecimento associado a uma ameaça de vida?
Sim, um acidente de capotamento e colisão do automóvel.
Elementos da EQM:
A experiência, ao longo do tempo, tem sido:
Variada.
Havia quaisquer drogas ou medicamentos que pudessem ter afetado a experiência?
Não
A experiência pareceu-se com um sonho, de alguma maneira?
Não. Foi como um daqueles pesadelos dos quais não nos podemos libertar.
Sentiu-se separada do seu corpo?
Sim, a minha alma começou a fugir, mas não para o espaço material.
Em que momento, durante a experiência, você estava no seu mais elevado nível de consciência e de alerta?
Estava alerta, mas mesmo muito.
O tempo pareceu acelerar ou abrandar?
Tudo pareceu acontecer de uma só vez. O tempo parou ou perdeu todo o significado. Pareceu ter sido esmagado, dissipando-se lentamente.
Por favor, compare sua audição durante a experiência à audição quotidiana, que você tinha imediatamente antes da experiência.
Parecia ouvir rosnar ou roer, principalmente gritos e choro.
Pareceu-lhe que tinha consciência de coisas que se passavam em outro local?
Gareth nunca saiu, nunca acordou.
Passou por ou através de um túnel?
Sim, apenas por um breve instante.
Encontrou ou percebeu algum ser falecido (ou vivo)?
Sim, seres estranhos.
Viu uma luz não terrena?
Sim, apenas a luz do túnel à minha volta.
Pareceu-lhe entrar num outro mundo não terreno?
Sim, num ambiente claramente místico e não terreno
Você, de repente, parecia que compreendia tudo?
Uma nova ideia do Universo, numa espécie de memória de coisas vistas antes.
Cenas do futuro vieram até você?
Não
Chegou a uma fronteira ou ponto de não retorno?
Cheguei a uma barreira que não me foi permitido atravessar; fui enviada de volta contra a minha vontade. Tudo foi instantâneo
Deus, Espiritual e Religião:
Qual era a sua religião antes da sua experiência?
Indiferente, nenhuma.
Qual é atualmente a sua religião?
Conservadora, fundamentalista
Houve alguma alteração nos seus valores e crenças devido à sua experiência?
Sim, agora sou cristã.
Pareceu-lhe encontrar um ser místico ou presença, ou ouvir uma voz não identificável?
Encontrei um ser definido, uma voz claramente mística ou de origem não terrena.
A respeito de nossas vidas Terrenas para além de Religião:
A experiência, ao longo do tempo, tem sido:
Mais calma.
Após a sua experiência que mudanças ocorreram na sua vida:
Sinto-me mais conhecedora acerca daquilo que me espera. Conheço Jesus e vivo muito mais feliz do que antes.
As suas relações mudaram especificamente devido à sua experiência?
Sigo as palavras de Deus. Entreguei-me a Deus e trabalho com crianças numa escola dominical, nos meus tempos livres.
Após a EQM:
A experiência era difícil de expressar em palavras?
Sim, como um ataque de pânico.
Após a sua experiência, tem algum dom psíquico, não-comum ou outro dom especial que não tinha antes da experiência?
Não
Há alguma, ou várias partes da sua experiência que sejam especialmente importantes ou significativas para você?
O melhor, ter-me libertado.
Alguma vez compartilhou esta experiência com outros?
Sim, a maioria não acredita em mim. Os únicos que parecem acreditar são os que acreditam em Deus e conhecem a Bíblia.
Em algum momento da sua vida, algo reproduziu qualquer parte da experiência?
Sim, os pesadelos. Muitos vividos antes de me ter tornado cristã.
Há mais alguma coisa que gostaria de acrescentar acerca da sua experiência?
Obrigado meu Deus, pela segunda oportunidade de viver, louvado seja o teu nome!...
Existem outras questões que podemos formular para ajudá-la a relatar a sua experiência?
Já foi o bastante.