Eu ouvi a médica dizendo que me havia perdido pois eu estava perdendo todo o meu sangue e ela não podia estancá-lo. Ela observou que se alguém sabia rezar era melhor que começasse logo. Comecei mentalmente a rezar o Pai-Nosso. Antes de terminar, vi-me fora do corpo e em pé no quarto, olhando o que acontecia na sala. A cama hospitalar havia sido empurrada para a parede e apenas uma enfermeira continuava a meu lado. Pela avaliação da médica, eu perdera todo o sangue, os meus sinais vitais haviam desaparecido e eu fora declarada morta. Ela não estava nem mesmo tentando reavivar-me e apenas uma enfermeira permanecia junto a mim. Ela dirigiu-se à minha avó, à minha tia e a meu marido e perguntou-lhes o que tencionavam fazer com o meu corpo pois eu estava morta e ela não nada mais podia fazer.

Imediatamente após ter deixado o meu corpo, um feixe muito branco de luz desceu sobre o quarto e uma bela mulher em um manto branco adornado de ouro surgiu da Luz. Ela estendeu-me as mãos e deu-me a escolha de subir com ela em direção à Luz ou de permanecer na Terra em meu corpo. De início, desejei segui-la pois a experiência era muito bela e transmitia-me paz. Eu estava, também, completamente livre de dor pela Luz que me envolvia.

A seguir, lembro de estar em pé novamente fora da luz na sala de transferência, dizendo: "Eu escolhi viver" - o que presumo foi uma decisão de voltar à Terra pois a minha missão não estava concluída. Na realidade, não tenho lembrança do tempo transcorrido entre o desejo de subir em direção à Luz com esta bela senhora e a decisão de retornar ao corpo por causa de minhas crianças.

Depois de ter dito que havia decidido viver, ou seja, voltar e viver minha vida neste corpo, houve uma explosão de Luz na sala e eu, também, falei-lhes simultaneamente através do meu corpo. Isto causou uma grande comoção entre os médicos; eles se aproximaram rapidamente, batendo em minhas extremidades e na área do coração para forçar a circulação e reavivar as batidas do coração e a minha respiração. Isto foi em 1952, e presumo antes de o hospital dispor de muitos equipamentos atualmente utilizados para sustentar a vida em emergências; nenhum deles, pelo menos, foi usado em mim. Eu fiquei com hematomas no corpo devido às suas tentativas de ativarem novamente a minha circulação. Acordei quatro horas depois em meu quarto com cinco médicos e enfermeiras olhando-me. A minha médica disse: “ Você realmente nos pregou um susto.”

Deus não terminara o uso de minha vida e esta é razão porque estou hoje viva. Eu estou aqui pois Deus, Cristo e seus Anjos Sagrados tomaram conta de mim, protegeram-me e pouparam-me. Por isto, estou verdadeiramente agradecida.