EQM Silvia C
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Descrição da Experiência:

Tudo começou quando eu estava na casa de amigos e de repente senti uma dor de cabeça muito forte e me senti enojada. Eu pus as mãos na cabeça, mas a dor era insuportável. Caí no chão dizendo "Minha cabeça, minha cabeça". Dali em diante, escuridão.

Entrei em coma e me levaram para a sala de emergência do hospital, e de lá, para Bergen, em um helicóptero. Meus sinais vitais eram muito fracos e os médicos não sabiam o que fazer, e não estavam confiantes de que deveriam me operar. Eu não sei. No fim eles decidiram pela cirurgia. Eu fiquei no hospital por cinco dias, totalmente inconsciente, de acordo com meu marido e cirurgiões. Durante esses cinco dias eu não acordei, não disse nada e sequer me mexi. Eu estava quase morta. Eu perguntei se, durante aqueles cinco dias em coma alguém havia me visto abrir os olhos, ou me mexer. Todos concordam entre si e dizem que não. O prognóstico médico era de que eu não sobreviveria. A chance de morrer era maior do que a de sobreviver, a ponto do meu marido, aconselhado pelo cirurgião, ligar para a minha filha na Espanha para que ela pudesse me ver antes que eu morresse. Minha situação era crítica.

Porém, de acordo com a minha própria experiência, eu acordei sim, e acordei quatro vezes: as três primeiras vezes acordei bem no meio de uma luz muito brilhante e ofuscante. Eu não vi ninguém, só a luz. Meu corpo já não existia. A luz... meus olhos... e a minha mente... nada mais existia. A luz era difícil de tolerar; muito intensa. Ao mesmo tempo, eu não sentia dor ou preocupações em absoluto. Eu me sentia feliz por estar ali, mas a luz estava prejudicando meus olhos; era intensa demais. Eu pensei que estivesse tendo um pesadelo, mas eu não estava efetivamente dormindo; eu estava em coma, mas mesmo assim eu ainda pensava. Então eu disse a mim mesma: "Você está tendo um pesadelo, Silvia, feche seus olhos e voltará a dormir. Quando acordar, estará em casa." Então eu fechei meus olhos, os olhos da mente, já que os olhos reais estavam completamente fechados e adormecidos. Isso aconteceu por três vezes consecutivas.

Durante a quarta vez, a mesma coisa aconteceu: eu acordei na luz e senti que estava flutuando no ar, mas eu era apenas mente e olhos... Meu corpo já não existia, e eu não era capaz de vê-lo. Dessa vez havia pessoas no fundo da luz; muitas pessoas, indo e vindo, como se elas estivessem passeando... Um sentimento profundo de paz me tomou, de Felicidade e de conforto... é como se você se sentisse em um estádio cheio de graça: é um sentimento maravilhoso. Eu não sei quanto tempo fiquei ali, observando as pessoas. De repente, alguém que eu conhecia (meu marido), andava com as pessoas. Uma enorme coincidência. Ele se virou e me notou, levantando a mão e acenando para mim, enquanto andava na minha direção... e então eu caí de novo na escuridão total, como num piscar de olhos. Finalmente, abri meus olhos para a vida...

Quando acordei, eu não tinha noção de onde estava, nem do que havia acontecido. Havia máquinas por toda parte e muitos tubos conectados ao meu corpo. Uma enfermeira começou a conversar comigo, mas eu tinha dificuldade de compreender. E ela chamava alguém para traduzir. Ela chamou meu marido, que estava dormindo num quarto adjacente da UTI.

Eu perguntei a todos e, de acordo com eles, eu nunca acordei; eu simplesmente estive em coma o tempo todo. Eu não sei até que ponto... meu marido mal me viu. Ele estava no quarto adjacente da UTI e disse que foi chamado imediatamente quando eu recuperei a consciência. Durante o coma enfermeiras e médicos sempre me acompanharam.

De acordo com o neurocirurgião, o fato de eu estar viva É UM MILAGRE. Eles pensaram, por causa dos testes, que eu não sobreviveria; e se sobrevivesse, sofreria terrivelmente.

Depois do coma, eu tive experiências estranhas; eu podia ver sombras passando. (Não posso dizer que eram fantasmas. Só conseguia ver sombras se movendo.) Inicialmente, eu tinha medo delas, mas depois de um tempo me dei conta de que tinha que ser mais rápida do que elas, e alcançá-las com meu olhar, confrontando-as. Dessa forma, elas desapareciam. De fato, elas desapareceram depois de um tempo.

Quando expliquei tudo ao meu marido, ele disse que eu tinha uma imaginação muito vívida. Isso é possível, bem provavelmente podemos sonhar enquanto estamos em coma... Mas eu acho que é mais do que mera coincidência que a maioria das pessoas vêem a luz, ou estão imersas na luz; eu não acho que todos nós temos o mesmo sonho programado em nossos cérebros. Eu sei que não existe explicação lógica para tudo isso. Hoje em dia eu consigo falar sobre a experiência sem medo de ser considerada louca: pois aquele que pensa que sou louca, não passa de uma pessoa ignorante dos segredos do mundo e da humanidade.

Informação Anterior:

Género: Feminino

Data em que ocorreu a EQM: Primeiros dias de julho de 2002.

Na altura da sua experiência, houve algum acontecimento associado a uma ameaça de vida? Impreciso. Eu estava em coma por cinco dias e sei que minha condição era crítica.

Elementos da EQM:

Como considera o conteúdo da sua experiência? Positiva.

Existem quaisquer drogas ou medicamentos que poderiam ter afetado a experiência? Sim. Eu não sei quais medicamentes me foram dados, mas eu tive uma hemorragia cerebral.

Foi a experiência fantasiosa em qualquer forma? Não. Eu tentei, insistentemente, me convencer de que foi apenas um sonho e disse a mim mesma para voltar a dormir, na parte consciente do meu inconsciente.

Sentiu-se separado(a) do seu corpo? Impreciso. Meu corpo não existia, mas em momento nenhum eu vi minha consciência separada do meu corpo. Quando eu estava na luz, só os meus olhos e minha habilidade de pensar existiam.

Em que altura durante a experiência estava no seu mais elevado nível de consciência e de alerta? Em nenhuma.

Sua audição diferia de qualquer forma da normal? Não.

Passou por ou através de um túnel? Não

Encontrou ou teve consciência de algum ser falecido (ou vivo)? Sim. Na outra rua. Eu não entrei em contato com eles, eles estavam ocupados com seus próprios afazeres: indo e vindo, mas eles não entraram em contato comigo.

Viu uma luz não terrena? Sim

Pareceu-lhe entrar num outro mundo não terreno? Um reino claramente místico ou não terreno umPareceu-lhe de repente que entendia tudo Não Chegou a um limite ou ponto de não retorno, ou teve escolha de ficar lá, ou voltar para o seu corpo terreno? Cheguei a uma barreira que não me foi permitida atravessar; ou fui enviado(a) de volta contra a minha vontade. Toda vez que eu acordava, eu queria voltar para casa... Mas eu acredito completamente que foi meu marido que me trouxe de volta para casa. Se eu não o tivesse conhecido, eu provavelmente não teria voltado. Eu acredito que ele me achou e me trouxe de volta. Essa é a ideia que tenho.

Deus, Espiritual e Religião:

Qual era a sua religião antes da sua experiência? Impreciso. Católica não praticante.

Qual é actualmente a sua religião? Conservadora/fundamentalista. A mesma.

Teve alguma alteração nos seus valores e crenças devido à sua experiência? Sim. Você para de temer a morte; é como se alguém lhe houvesse ensinado que não é para temê-la. No vida após a morte nós não estaremos sós; muitos irão se unir a nós. No que respeita às nossas vidas Terrenas que não seja a Religião:

Desde a sua EQM as mudanças na sua vida têm sido: Continuou basicamente a mesma coisa.

As suas relações mudaram especificamente devido à sua experiência? Antes da EQM eu era boa em guardar dinheiro. Agora, eu tento aproveitar a vida... e eu ensino isso para pessoas próximas a mim.

Após a EQM:

A experiência foi difícil de expressar em palavras? Sim. Primeiro eu expliquei para o meu marido, e ele me olhou como se eu fosse maluca... Imagine só se eu tivesse que explicar para outras pessoas!

Há alguma, ou várias partes da sua experiência que são especialmente importantes ou significativas para si? A melhor parte foi o sentimento de paz e alegria, isso é tudo o que se pode desejar na vida. A pior parte é não saber exatamente o que aconteceu, não conseguir fornecer uma explicação lógica... Foi um sonho, um pesadelo? O QUE?

Alguma vez partilhou esta experiência com outros? Sim. A maioria deles agiu de forma cética, mas alguns não. Os que não foram céticos me aconselharam a pesquisar na internet e tentar encontrar respostas. Eu não sei se houve alguma influência em suas vidas. Dizem que aprendemos com nossas próprias experiências.

Em algum momento da sua vida, algo alguma vez reproduziu qualquer parte da experiência? Não.